PLANTA PARASITA
Aquela que suga a Vida da outra Planta
A Planta Parasita consegue parte ou a totalidade das substâncias nutritivas de que necessita para o seu desenvolvimento parasitando uma ou mais plantas hospedeiras. Já são conhecidas cerca de 4100 espécies com estas características.
Nesse sentido, as plantas parasitas possuem raízes modificadas que penetram na casca da planta hospedeira e se liga com o seu xilema ou floema, ou com ambos. Nos casos em que o parasitismo é total a parasita fica desprovida até de clorofila sugando tudo o que precisa da planta hospedeira o que pode acabar levando-a a morte. Na natureza, “parasita” é basicamente sinônimo de “encosto mortal. (Ingrid Luisa –https://super.abril.com.br/)
Nos casos em que o parasitismo é parcial a planta satisfaz as suas necessidades em água e elementos minerais à custa do hospedeiro, mas mantém a sua capacidade de fotossíntese.
A Planta abre mão da fotossíntese
Juntamente com outras características que parecem bizarras, uma planta Parasita Total é incapaz de se desenvolver sozinha, a planta abre mão até mesmo da realização da própria fotossíntese sugando tudo oque precisa para viver e existir da planta parasitada.
Esta dependência pela fotossíntese da hospedeira gera o Fitoparasitismo, onde a planta parasita é uma planta resumida na existência de flor. Estas flores apresentam-se de forma muito atrativas em cores, tamanho e beleza.
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Uma planta resumida em Flor
Essa condição de planta resumida tratasse de uma regressão mais ou menos acentuada do aparato vegetativo, implicando alguns casos a perda total da capacidade fotossintética, o desaparecimento das folhas e mesmo dos caules e modificações profundas no aparelho radicular.
Muitas destas espécies são subterrâneas ou vivem dentro dos tecidos de outra planta (hospedeiro) e só na altura da floração se tornam visíveis para o exterior, desenvolvendo algumas flores de cores lindíssimas.
A Maior Flor do Mundo
Juntamente com outras plantas resumidas em flor, quem diria esta a maior flor do mundo, a Rafflesia Arnoldii, das florestas tropicais úmidas de Bornéu e Sumatra. Seu diâmetro gigantesco chega a atingir impressionantes 100 cm e pode pesar até 10 kg. Possui coloração vermelha e odor chamativo às moscas, suas polinizadoras.
As folhas deixam de existir
Quando as folhas tornam-se desnecessárias ficam reduzidas a pequenas escamas amareladas ou desapareceram por completo. A transpiração foliar é nula e também os órgãos de transporte de água, como o xilema, são muito reduzidos ou não existem, assim como as raízes.
No clima mediterrânico também se encontram algumas parasitas deste tipo como o Cytinus hipocistis, uma parasita específica da família das Cistaceas, espécies muito abundantes por todo o mediterrâneo. Cytinus hipocistis desenvolve todo o seu ciclo de vida no interior da raiz das suas hospedeiras e só na altura da floração, que é coincidente com a da planta hospedeira, a partir de Fevereiro/Março, sobressaem ao nível do solo pequenos botões florais avermelhados que abrem em cachos de pequenas flores amarelo alaranjadas.
Parasitas que gostam de se camuflar nas Alturas
Muitas são as artimanhas usadas pelas parasitas para ganhar e garantir espaço na natureza, por isso que ao visitar um jardim ou uma floresta, observamos plantas aderidas aos troncos, galhos e ramos de árvores. Algumas árvores têm muitas plantas fixadas nelas, suas copas chegam a ficar totalmente tomadas por grandes touceiras parasitarias.
Em síntese as plantas parasitas podem estar completamente dentro da planta hospedeira, mas também podem ter estruturas projetadas para a superfície.
Em alguns casos as parasitas passam por despercebidas, principalmente quando suas folhas são parecidas com as da planta parasitada. Sua presença neste caso só é percebida quando a hospedeira começa a definhar.
Pássaros são seus cúmplices
Outro exemplo de planta parasita é a erva-de-passarinho, chamada assim pelo jeito curioso de suas sementes grudarem no bico das aves, quando elas se alimentam de seus frutos. Quando as aves se esfregam em galhos de outras plantas para limparem o bico, as sementes se espalham e brotam, dando origem a uma nova planta parasita. A semente grudenta é uma adaptação evolutiva muito importante para as plantas parasitas, pois, dessa forma, elas conseguem se espalhar e crescer, uma vez que suas sementes não germinarão se caírem no chão.
Os Pássaros são importantes parceiros, mesmo que inconscientes, das Plantas parasitas.
Abandonando a fotossíntese
Na contra mão da maioria das plantas esta o Cipó-Chumbo (Cuscuta), que é incapaz de realizar fotossíntese. Seus ramos lembram fios de ovos, devido à ausência de folhas e de clorofila, o que faz com que a planta seja amarela. Esse tipo de parasita é o que mais prejudica a planta parasitada, pois retira, para consumo próprio, os açúcares produzidos por ela, podendo até matá-la. Muito comum em pomares, a planta parasita também pode se alastrar em pastagens. Logo após sair de sua semente, o cipó-chumbo lança seu caule à procura de um hospedeiro. Após um dia, este caule já estará enrolado firmemente na outra planta, sugando-a até seu desfalecimento.
Seleção Natural da Hospedeira
Curiosamente as Plantas Parasitas ainda exercem uma força de seleção natural de suas hospedeiras, logo os vegetais parasitados são forçados a responder à agressão. Afinal, embora os casos de morte do hospedeiro sejam raros, a remoção constante dos nutrientes leva a um funcionamento precário do organismo. Dessa formas aqueles hospedeiros que desenvolvem respostas eficientes são selecionados: eles sobrevivem, geram outros indivíduos e esses indivíduos herdam a capacidade de responder eficientemente.
Como combater as Plantas Parasitas
Finalizando nosso assunto hoje é importante que saiba que, caso você tenha plantas em casa e perceba que elas estão sendo infestadas por plantas parasitas, você mesmo pode fazer a retirada manual para que elas não invadam de vez o seu jardim. Não existe um protocolo de manejo ou controle de Plantas Parasitas, a retirada manual ainda é a melhor opção., logo
Atenção para as Orquídeas, Bromélias e Samambaias
Por fim, se você ficou o post todo esperando ler algo sobre o parasitismo das Orquídeas, Bromélias e Samambaias e ainda não havia encontrado nada, tenho o prazer em lhe dizer que isso aconteceu porque ao contrario do que muitos acreditam estas não são plantas parasitas.
Definitivamente é importante que fique bem claro que estas plantas que tanto amamos são Epifetas, sendo assim elas apenas se hospedam sem parasitar, não dependem de suas hospedeiras para sobreviver, vivendo em perfeita harmonia com as mesmas, podendo se hospedar inclusive em troncos de árvores mortas e secas, tornando-as bonitas e atrativas mesmo em seu tempo de morte.
ALGUMAS FONTES DE PESQUISA:
https://www.ufmg.br/cienciaparatodos/wp-content/uploads/2011/05/05-plantasparasitas.pdf
https://www.todabiologia.com/botanica/plantas_parasitas.htm
http://naturlink.pt/
PLANTAS PARASITAS – Bianca Brasil – www.botanicaonline.com.br.docx
Eu Desejo dias Floridos para Você!
Andréia
[…] muito importante saber que as orquídeas não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se […]